Conta-se que no sertão de Pernambuco, divisa com o Ceará, (CHAPADA DO ARARIPE), um cidadão endividado tinha um cavalo, e para sobreviver e não vê a família passando apertos, o cearense Raimundo Nonato, ofereceu o seu animal ao pernambucano Francisco José.
A conversa foi mais ou menos assim :
Raimundo - Chico, me compra esse cavalo, te vendo por R$ 100,00.
Francisco - Raimundo, eu não preciso de cavalo, mas, se te ajuda, eu compro, é meu, e pagou em dinheiro vivo.
Raimundo - Só tem um problema Chico, eu só te entrego o cavalo amanhã, pode ser ?
Francisco - Pode, Raimundo, e assim ficou combinado.
No dia seguinte Chico foi buscar o seu cavalo ...
Francisco - Bom dia, Raimundo, eu vim buscar o meu cavalo.
Raimundo - Só tem um problema, Chico, o cavalo morreu.
Francisco - Morreu como ?
Raimundo - Morreu, amanheceu morto.
Francisco - Então eu quero o meu dinheiro de volta.
Raimundo - Eu gastei o dinheiro, só quando eu tiver.
Francisco - Então me dê o cavalo morto.
Raimundo - Pra que, homem ?
Francisco - Eu vou fazer uma rifa dele.
Raimundo - Rifa ? E quem vai comprar uma rifa de um cavalo morto ?
Francisco - Deixe comigo, tô matutando uma ideia.
E muito aborrecido, Chico foi embora.
Três meses depois os dois se encontraram casualmente.
Raimundo - E ai, Chico, deu certo a Rifa.
Francisco - Foi um sucesso, vendi 250 bilhetes a R$ 2,00, e apurei R$ 498,00.
Raimundo - Como assim ? Você vendeu um cavalo morto ?
Francisco - Não, eu vendi um cavalo, eu não disse que ele estava nem vivo nem morto.
Raimundo - E ninguém reclamou ?
Francisco - Somente a pessoa que ganhou.
Raimundo - E ai, como é que você fez com ele ?
Francisco - Eu devolvi os R$ 2,00 dele ...
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Nota : Sempre alguém está tendo uma ideia mais brilhante, e muito mais ousada que a sua.