O que significa o Carnaval !
Carnaval - a
festa da carne
Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se
pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis
(Rm 08.13)
O carnaval no Brasil, uma das mais conhecidas festas
populares do mundo, é totalmente contrário aos valores
cristãos. Mas, por outro lado, não podemos deixar de
considerar que esta festa é uma manifestação folclórica
e cultural do povo brasileiro. Será que o carnaval, na
proporção que vemos hoje – com suas mais variadas
atrações, com direito a escândalos e tudo, envolvendo
políticos (quem não se lembra do episódio ocorrido com
Itamar Franco?) e alcançando as camadas mais humildes da
sociedade – é o mesmo de antigamente? Onde e como teve
início o carnaval? Qual tem sido a sua trajetória, desde
o seu princípio até os dias atuais? Existem elementos
éticos em sua origem? São perguntas que, na medida do
possível, estaremos respondendo no artigo que segue.
Origem histórica da festa do rei Momo
A palavra carnaval deriva da expressão latina carne
levare, que significa abstenção da carne. Este termo
começou a circular por volta dos séculos XI e XII para
designar a véspera da quarta-feira de cinzas, dia em que
se inicia a exigência da abstenção de carne, ou jejum
quaresmal. Comumente os autores explicam este nome a
partir dos termos do latim tardio carne vale, isto é,
adeus carne, ou despedida da carne; esta derivação
indicaria que no carnaval o consumo de carne era
considerado lícito pela última vez antes dos dias do
jejum quaresmal - outros estudiosos recorrem à expressão
carnem levare, suspender ou retirar a carne: o Papa São
Gregório Magno teria dado ao último domingo antes da
quaresma, ou seja, ao domingo da qüinquagésima, o título
de dominica ad carnes levandas; a expressão haveria sido
sucessivamente abreviada para carnes levandas, carne
levamen, carne levale, carneval ou carnaval – um
terceiro grupo de etmologistas apela para as origens
pagãs do carnaval: entre os gregos e romanos
costumava-se exibir um préstito em forma de nave
dedicada ao deus Dionísio ou Baco, préstito ao qual em
latim se dava o nome de currus navalis: de onde vem a
forma carnavale.1
Segundo o historiador José Carlos Sebe, ao carnaval
estão relacionadas as festas e manifestações populares
dos mais diversos povos, tais como o purim, judaico, e
as saturnálias e as caecas, babilônicas, manifestações
que contribuíram muito para o carnaval atual.
A real origem do carnaval é um tanto obscura. Alguns
historiadores assentam sua procedência sobre as festas
populares em honra aos deuses pagãos Baco e Saturno. Em
Roma, realizavam-se comemorações em homenagem a Baco
(deus de origem grega conhecido como Dionísio e
responsável pela fertilidade. Era também o deus do vinho
e da embriaguez). As famosas bacanais eram festas
acompanhadas de muito vinho e orgias, e também
caracterizadas pela alegria descabida, eliminação da
repressão e da censura e liberdade de atitudes críticas
e eróticas. Outros estudiosos afirmam que o carnaval
tenha sido, talvez, derivado das alegres festas do
Egito, que celebravam culto à deusa Isís e ao deus
Osíris, por volta de 2000 a.C.
A Enciclopédia Britânnica afirma: Antigamente o carnaval
era realizado a partir da décima segunda noite e
estendia-se até a meia-noite da terça-feira de carnaval2.
Outra corrente de pensamento entende que o carnaval teve
sua origem em Roma. Enquanto alguns papas lutaram para
acabar com esta festa (Clemente, séculos IX e XI, e
Benedito, século XIII), outros, no entanto, a
patrocinavam.
A ligação desta festa com o povo romano tornou-se tão
sólida que a Igreja Romana preferiu, ao invés de
suspendê-la, dar-lhe uma característica católica. Ao
olharmos para países como Itália, Espanha e França,
vemos fortes denominadores comuns do carnaval em suas
culturas. Estes países sofreram grandes influências
romanas. O antigo Rei das Saturnais, o mestre da folia,
é sempre morto no final das antigas festas pagãs.
Vale ressaltar que O festival Dionisíaco expõe em seu
tema um grande contra-senso, descrito na The Grolier
Multimedia. Enciclopédia, 1997: A adoração neste
festival é chamada de Sparagmos, caracterizada por
orgias, êxtase e fervor ou entusiasmo religioso. No
entanto, seu significado é descrito no mesmo parágrafo
da seguinte forma: Deixar de lado a vida animal, a
comida dessa carne e a bebida desse sangue.
A origem do carnaval no Brasil
O primeiro baile de carnaval realizado no Brasil ocorreu
em 22 de janeiro de 1841, na cidade do Rio de Janeiro,
no Hotel Itália, localizado no antigo Largo do Rócio,
hoje Praça Tiradentes, por iniciativa de seus
proprietários, italianos empolgados com o sucesso dos
grandes bailes mascarados da Europa. Essa iniciativa
agradou tanto que muitos bailes o seguiram. Entretanto,
em 1834, o gosto pelas máscaras já era acentuado no país
por causa da influência francesa.
Ao contrário do que se imagina, a origem do carnaval
brasileiro é totalmente européia, sendo uma herança do
entrudo português e das mascaradas italianas. Somente
muitos anos depois, no início do século XX, foram
acrescentados os elementos africanos, que contribuíram
de forma definitiva para o seu desenvolvimento e
originalidade.
Nessa época, o carnaval era muito diferente do que temos
hoje. Era conhecido como entrudo, festa violenta, na
qual as pessoas guerreavam nas ruas, atirando água uma
nas outras, através de bisnagas, farinha, pós de todos
os tipos, cal, limões, laranjas podres e até mesmo
urina. Quando toda esta selvageria tornou-se mais
social, começou então a se usar água perfumada, vinagre,
vinho ou groselha; mas sempre com a intenção de molhar
ou sujar os adversários, ou qualquer passante
desavisado. Esta brincadeira perdurou por longos anos,
apesar de todos os protestos. Chegou até mesmo a
alcançar o período da República. Sua morte definitiva só
foi decretada com o surgimento de formas menos hostis e
mais civilizadas de brincar, tais como o confete, a
serpentina e o lança-perfume. Foi então que o povo
trocou as ruas pelos bailes.
Símbolos carnavalescos
Como em qualquer manifestação popular, o carnaval também
se utilizou de formas simbólicas para aguçar a
criatividade do povo e, conseqüentemente, perpetuar sua
história. As fantasias apareceram logo após as máscaras,
por volta de 1835, dando um colorido todo especial à
festa. Com o passar dos anos, as pessoas iam perdendo a
inibição e as fantasias, que a princípio eram usadas
como disfarce (por serem quentes demais), foram dando
lugar a trajes cada vez mais leves, chegando ao nível
que vemos hoje, de quase completa nudez. Independente
das mudanças, os grandes bailes, portanto, permaneceram
realizando concursos de fantasias, incentivando a
competição entre grandes figurinistas e modelos.
Como já foi citado, o primeiro baile de carnaval no
Brasil foi realizado em 1841, na cidade do Rio de
Janeiro, e, desde então, não parou mais. No começo eram
apenas bailes de máscaras e a música era a polca, a
valsa e o tango. Havia também coros de vozes para animar
a festa. Nota-se que nem sempre foi tocado o samba, mas
modinhas. Os escravos contribuíram com o carnaval com um
estilo de música chamado lundu, ritmo trazido de Angola.
Tal ritmo, no entanto, por ser considerado indecente,
limitava-se apenas às senzalas. Contudo, permaneceu
durante todo o século XIX.
Com esta fusão de ritmos nasce o semba, uma expressão do
dialeto africano quibundo. Essa expressão passou por uma
culturação e se tornou o que chamamos hoje de samba. O
samba se popularizou nos entrudos, pois em sua origem
este ritmo não era propriamente música, mas uma dança
feita nos quilombos. Todo este contexto histórico nos
leva até os anos 20, ocasião em que nasce aquilo que
hoje é chamado de a excelência do samba, ou seja, o
samba de enredo.
O carnaval hoje conta com bailes de todos os tipos, como
o baile à fantasia, baile da terceira idade, matinês
para crianças, bailes de travestis, entre outros. Os
embalos musicais destes bailes contam com o bater dos
surdos e o samba é o ritmo predominante. Também toca-se
axé music, um estilo baiano. No carnaval hoje não se
dança mais, pula-se.
Desfiles das Escolas de Samba
Iniciou-se no começo do século XX com os blocos, mas
somente nos anos 60 e 70 é que acontece no carnaval
brasileiro a chamada Revolução Plástica, com a
participação da classe média na folia e todos os seus
valores estéticos e estilísticos, que viriam incrementar
todo o contexto das escolas de samba.
Os desfiles das escolas de samba são, sem dúvida, o
ponto alto do carnaval brasileiro, turistas vêem de
todos os cantos e pagam pequenas fortunas para
assistirem ao desfile. Outras tantas pessoas perdem
noites de sono vendo a festa pela televisão.
A competição entre as escolas de samba é ferrenha, e não
raro ocorrem brigas entre seus líderes (leia-se
presidentes) durante a apuração dos resultados, pois os
pontos são disputados um a um, para que, ao final, se
saiba quem foi a grande campeã do carnaval.
Um detalhe importante. A oficialização do desfile das
escolas aconteceu em 1935, com a fundação do Grêmio
Recreativo Escola de Samba. Antes desta data, porém,
mais precisamente em 1930, já se via desfiles nas ruas
do Rio de Janeiro.
O carnaval e a igreja católica romana
Devido à sua origem pagã, e pelo fato de ser uma festa
um tanto obscena, a relação entre a Igreja Romana e o
carnaval nunca foi amigável. No entanto, o que
prevaleceu por parte da igreja foi uma atitude de
tolerância quanto à essa manifestação, até porque a
liderança da igreja não conseguiu eliminá-la do
calendário. A solução, então, foi: se não pode
vencê-los, junte-se a eles. Daí, no século XV, a festa
da carne, por assim dizer, foi incorporada ao calendário
da igreja, sendo oficializado como a festa que antecede
a abstinência de carne requerida pela quaresma: Por fim,
as autoridades eclesiásticas conseguiram restringir a
celebração oficial do carnaval aos três dias que
precedem a quarta-feira de cinzas (em nossos tempos,
alguns párocos bem intencionados promovem, dentro das
normas cristãs, folguedos públicos nesse tríduo a fim de
evitar que sejam os fiéis seduzidos por divertimentos
pouco dignos). Como se vê, a igreja não instituiu o
carnaval; teve, porém, de o reconhecer como fenômeno
vigente no mundo em que ela se implantou. Sendo em si
suscetível de interpretação cristã, ela o procurou
subordinar aos princípios do Evangelho; era inevitável,
porém, que os povos não sempre observassem o limite
entre o que o carnaval pode ter de cristão e o que tem
de pagão. Esta claro que são contrários às intenções da
igreja os desmandos assim verificados. Em reparação dos
mesmos foram instituídas adoração das quarenta horas e
as práticas de retiros espirituais nos dias anteriores à
quarta-feira de cinzas.3
José Carlos Sebe escreveu: Apenas no século XV,
provavelmente movido pelo sucesso popular da festa, o
Papa Paulo II a incorporou no calendário cristão. Aliás,
Paulo II foi mais longe, chegando a patrocinar toda uma
rica celebração antes do advento da Quaresma. Não apenas
o carnaval popular foi organizado pelos papas. Paulo IV
promoveu uma terça-feira gorda, um lauto jantar onde
compareceu o sacro colégio romano, e o festim regado a
vinho pôde ser considerado uma das primitivas
celebrações em salão fechado.4
A tentativa da Igreja Católica Romana na cristianização
do carnaval e sua atual justificativa é totalmente
inconseqüente, infeliz e irresponsável. Não existe uma
referência bíblica sequer favorável ao seu argumento.
Pelo contrário. Existe todo um contexto bíblico
explicitamente contrário à essa manifestação popular.
Todos os especialistas cristãos sabem muito bem quando
devem aplicar a transculturação cristã em determinada
manifestação cultural (como exemplo, o Natal, período em
que ocorre a mudança do objeto de culto e a extirpação
total da velha ordem, transformação das simbologias e
referências). Sabem também quando à determinada
comemoração popular é impossível aplicar quaisquer
processos de cristianização.
O carnaval é um exemplo real da sobrevivência do
paganismo, com todos os seus elementos presentes. É a
explicita manifestação das obras da carne: adultério,
prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria,
inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas,
dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices,
glutonarias, e coisas semelhantes. O apóstolo Paulo
declara inequivocamente que os que cometem tais coisas
não herdarão o reino de Deus (Gl 5.19-21).
Posição da igreja evangélica no período do carnaval
Como pudemos observar, o carnaval tem sua origem em
rituais pagãos de adoração a deuses falsos. Trata-se,
por isso, de uma manifestação popular eivada de obras da
carne, condenadas claramente pelas Sagradas Escrituras.
Seja no Egito, Grécia ou Roma antiga, onde se cultua,
respectivamente, os deuses Osíris, Baco ou Saturno, ou
hoje em São Paulo, Recife, Porto Alegre ou Rio de
Janeiro, sempre notaremos bebedeiras desenfreadas,
danças sensuais, música lasciva, nudez, liberdade sexual
e falta de compromisso com as autoridades civis e
religiosas. Entretanto, não podemos também deixar de
abordar os chamados benefícios do carnaval ao país, tais
como geração de empregos, entrada de recursos
financeiros do exterior através do turismo, aumento das
vendas no comércio, entre outros.
Traçando o perfil do século XXI, não é possível isentar
a igreja evangélica deste momento histórico. Então, qual
deve ser a posição do cristão diante do carnaval?
Devemos sair de cena para um retiro espiritual, conforme
o costume de muitas igrejas, a fim de não sermos
participantes com eles (Ef.5.7)? Devemos, por outro
lado, ficar aqui e aproveitarmos aoportunidade para a
evangelização? Ou isso não vale a pena porque,
especialmente neste período, o deus deste século lhes
cegou o entendimento (2 Co.4.4) ?
Creio que a resposta cabe a cada um. Mas, por outro
lado, a personalidade da igreja nasce de princípios
estreitamente ligados ao seu propósito: fazer conhecido
ao mundo um Deus que, dentre muitos atributos, é Santo.
Há quem justifique como estratégia evangelística a
participação efetiva na festa do carnaval, desfilando
com carros alegóricos e blocos evangélicos, o que não
deixa de ser uma tremenda associação com a profanação.
Pergunta-se, então: será que deveríamos freqüentar
boates gays, sessões espíritas e casas de massagem, a
fim de conhecer melhor a ação do diabo e investir contra
elas? Ou deveríamos traçar estratégias melhores de
evangelismo?
No carnaval de hoje, são poucas as diferenças das festas
que o originaram, continuamos vendo imoralidade, música
lasciva, promiscuidade sexual e bebedeiras.
José Carlos Sebe, no livro Carnaval de Carnavais, página
16, descreve, segundo George Dúmezil (estudioso das
tradições mitológicas): O carnaval deve ser considerado
sagrado, porque é a negação da rotina diária. Ou seja, é
uma oportunidade única para extravasar os desejos da
carne, e dentro deste contexto festivo, isto é sagrado,
em nada pervertido. Na página 17, o mesmo autor
descreve: Beber era um recurso lógico para a liberação
pessoal e coletiva. A alteração da rotina diária exigia
que além da variação alimentar, também o disfarce
acompanhasse as transformações.
Observe ainda o que diz Manuel Gutiérez Estéves: No
passado, faziam-se nos povoados, mas sobretudo nas
cidades, diversos tipos de reuniões em que todos os
participantes aparentavam algo diferente daquilo que, na
realidade, eram. A pregação eclesiástica inseriu na
mensagem estereotipada do carnaval a combinação
extremada da luxúria com a gula. Não falta, sem dúvida,
fundamento para isto.5
Como cristãos, não podemos concordar e muito menos
participar de tal comemoração, que vai contra os
princípios claros da Palavra de Deus: Porque os que são
segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas
os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito
(Rm 8.5-8). Porque fostes comprados por bom preço;
glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso
espírito, os quais pertencem a Deus (1 Co 6.20).
Evangelismo ou retiro espiritual?
A maioria das igrejas evangélicas, hoje, tem sua própria
opinião quanto ao tipo de atividade que deve ser
realizada no período do carnaval. Opinião esta que, em
grande parte, apoia-se na teologia que cada uma delas
prega. Este fato é que normalmente justifica sua
posição. A saber: enquanto umas participam de retiros
espirituais, outras, no entanto, preferem ficar na
cidade durante o carnaval com o objetivo de evangelizar
os foliões.
Primeiramente, gostaríamos de destacar que respeitamos
as duas posições, pois cremos que os cristãos fazem tudo
por amor ao Senhor e com a intenção de ganhar almas para
Jesus e edificar o corpo de Cristo (Cl 3.17).
Entendemos, também, o propósito dos retiros espirituais:
momentos de maior comunhão com o Senhor que tem feito
grandes coisas em nossas vidas. Muitos crentes têm sido
edificados pela pregação da Palavra e atuação do
Espírito Santo nos acampamentos promovidos pelas
igrejas. Todavia, a visão de aproveitarmos o carnaval
para testemunhar é pouco difundida em nosso meio. Na
Série Lausanne, encontra-se uma descrição sobre a
necessidade da igreja ser flexível. A consideração é
feita da seguinte forma: o processo de procura de novas
estruturas nos levará, seguidamente, a um exame mais
íntimo do padrão bíblico e a descoberta de que um
retorno ao modelo das Escrituras e sua adaptação aos
tempos atuais é básico à renovação e à missão6 .
Entendemos, com isso, que, em meio à pressão provocada
pela mundo, a igreja deve buscar estratégias adequadas
para posicionar-se à estas mudanças dentro da Palavra de
Deus, e não dentro de movimentos contrários a ela. A
Bíblia é a fonte, e não os fatores externos.
Cristãos de todos os lugares do Brasil possuem opiniões
diferentes a respeito da maneira adequada para a
evangelização no período do carnaval. Mas devemos notar
que Cristo nunca perdeu uma oportunidade para pregar,
nem mesmo fugia das interrogações ou situações
religiosas da época. Não podemos deixar de olhar o que
está escrito na Bíblia: Prega a palavra, insta, quer
seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com
toda a longanimidade e doutrina (2 Tm 4.2). Aqui o
apóstolo Paulo exorta a Timóteo a pregar a Palavra em
qualquer situação, seja boa ou má. A Palavra deve ser
anunciada. Partindo deste princípio, não devemos deixar
de levar o evangelho, não importando o momento.
Assim, devemos lançar mão da sabedoria que temos
recebido do Senhor e optar pela melhor atividade para a
nossa igreja nesse período tão sombrio que é o carnaval.
A igreja jamais pode ser omissa quanto a esse assunto. O
cristão deve ser sábio ao tomar sua decisão, sabendo
que: Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste
mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do
espírito que agora opera nos filhos da desobediência.
Entre os quais todos nós andávamos nos desejos da nossa
carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e
éramos por natureza filhos da ira, como os outros
também. Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo
seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda
mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com
Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou
juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares
celestiais, em Cristo Jesus (Ef 2.2-6).
Curiosidades do carnaval
Turismo - Rio de Janeiro - Em 1999, cerca de 250 mil
turistas visitaram a cidade, 61% de fora do país.
Nordeste - nos últimos anos, uma média de 700 mil
turistas desembarcaram em Recife.
Dinheiro - Em 1999, no Rio de Janeiro, cada escola
recebeu R$ 500 mil da Prefeitura. Escolas de samba como
Imperatriz Leopondinense e Beija-flor de Nilópolis
chegaram a gastar R$ 1,5 Bilhão com o desfile. A Paraíso
do Tuiuts (de onde?) desfilou com um orçamento mais
modesto: R$ 800 mil. Em 2000, as escolas de samba (seria
bom citar o local dessas escolas) desembolsaram uma
quantia aproximada em nada mais nada menos do que R$
22,5 milhões, sendo que cada delas levou R$ 500 mil,
somando um total de R$ 7,5 milhões gastos pela
Prefeitura (Aqui se refere ao Rio de Janeiro, apenas?).
Acidentes - Só no ano de 1999 foram registrados, pela
Polícia Rodoviária Federal, 2468 acidentes nas estradas
do país, com 150 mortos e mais de 551 feridos.
As armas da festa
Confete - Procedente da Espanha, veio para o Brasil em
1892;
Serpentina. De origem francesa, chega ao país também em
1892;
Lança-perfume - Bisnaga de vidro ou metal (hoje feita de
plástico), que continha éter perfumado. De origem
francesa, chegou ao Brasil em 1903.
O rei momo no carnaval carioca
De origem greco-romana, Momo é a figura mais tradicional
do carnaval. Segundo consta a lenda, ele foi expulso do
Olimpo, habitação dos deuses, por causa de sua
irreverência.
Nas festas de homenagem ao deus Saturno, na antiga Roma,
o mais belo soldado era escolhido para ser o rei Momo.
No final das comemorações, o eleito era sacrificado a
Saturno em seu altar.
O rei Momo foi introduzido no carnaval carioca em 1933.
Sua figura era representada por um boneco de papelão. Em
1949, no entanto, o boneco de papelão foi substituído
por personalidades importantes da época. Em 1950, esta
festa popular deixou de contar apenas com a
representação do rei Momo, surgindo, então, as rainhas e
princesas do carnaval.
Atualmente, a escolha do rei Momo é feita por eleição. O
pretendente a esse cargo deve possuir as seguintes
características:
Ser brasileiro e residir na cidade do Rio de Janeiro;
Ter entre 18 a 50 anos;
Medir no mínimo 1,65m;
Pesar no mínimo 110 Kg.
O prêmio concedido ao vencedor no ano passado foi R$
7.550,00, além de ter o privilégio de desfilar como rei.
Rei?!
Pesquisa sobre a opinião da população sobre o
Carnaval
Realizada entre o 18 a 19 de dezembro de 2000
Foram entrevistadas 1273 pessoas em São Paulo, que
responderam as seguintes perguntas: Você é a favor ou
contra o carnaval e qual a sua religião?
191 Evangélicos:
A Favor: 42
Contra: 131
Indecisos: 18
46 Espíritas:
A Favor: 30
Contra: 7
Indecisos: 9
779 Católicos:
A Favor: 532
Contra: 142
Indecisos: 105
257 Outros:
A Favor: 128
Contra: 62
Indecisos: 67
Bibliografia:
Almanaque Abril. 24a Edição,1998, pp.38-39.
Enciclopédia Mirador. Vol 2, pp.2082-2097.
Pergunte e Responderemos. Vol 5, Maio 1958, pp.210-211.
Carnaval de Carnavais. José Carlos Sebe, Editora Ática,
1986.
O Evangelho e o Homem Secularizado. Série Lausanne,
editora A.B.U.
Dicionário dos deuses e demônios. Menfred Gurker.
Editora Martins Fontes, 1993, p.31.
Dicionário Aurélio, Aurelio Buarque de Holanda. Editora
Nova Fronteira.
Revista Religião e Sociedade. Manuel Gutiérrez Estévez,
ISER/CER 1990.
Revista Ano Zero, n° 10. Fev 1992, pp.12-21.
Revista Época, 15 de Fevereiro de 1999, p. 43.
Revista Carta Viva, Abril de 2000, nº 53, pp. 6-7.
Jornal Novas do Centro de Juventude Cristã, fev. 1993,
p.3.
Jornal O Globo, Ana Paula Vieira, 03/fev/1991.
Jornal AIBOC Informa, nº 48, fev. 1999, p.4.
Jornal O Estado de São Paulo, 30 de Novembro de 2000.
Coloboradores: Antonio Figueró, Elvis Brassaroto Aleixo,
Moisés P. Carreiro, Simei Gonçalves Pires, Fernando
Augusto Bento, Danilo Raphael A. Moraes, Ronivon Vieira
de Souza, Zilda Maria Lara, Marcos Heraldo Paiva,
Ricardo Alexandre E. Maiolini.
Notas:
1 Pergunte e Responderemos. nº 5. maio de 1958, p.211.
2 Enciclopédia Britânica. 11ª edição, vol.5, p.366.
3 Pergunte e Responderemos. maio 1958, p.212-213.
4Carnaval de Carnavais, José Carlos Sebe. Editora Ática;
1a edição, 1986, p.25.
5 Revista Religião e Sociedade. Manuel Gutiérrez Estévez,
ISER/CER 1990, p.63.
6 O Evangelho e o Homem Secularizado. José Gabriel Said.
Série Lausanne, Editora Abu, 1983, p.13.
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