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sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Assembleia de Deus x Poder Monocrático !


Monocrático quer dizer, poder ou decisão monocrática, consiste em decisão proferida por um único magistrado, uma única pessoa, um único juiz de qualquer instância ou tribunal. Contrapõe-se às decisões colegiadas, típicas de casos em que o pedido jurisdicional esteja em fase de recurso para acelerar o processo de entendimento.

Trazendo isto para o modelo pastoral assembleiano, somos o mais arcaico e obsoleto sistema de todas as denominações, nossos irmãos tradicionais estão anos luz à nossa frente, como por exemplo os Presbiterianos, com o seu corpo de presbíteros, os Batistas com o corpo diaconal, etc.

As Assembleias de Deus adotam um sistema único, onde todo poder de decisão se concentra nas mãos do líder, o que é um erro grave, por se tornar via de regra, numa arma perigosa, como a maioria usa – extrapolando os limites do respeito aos subalternos e a membrasia ou associados, como queiram.

Sempre fui e serei contra o poder nas mãos de uma única pessoa. O ideal seria que toda igreja tivesse um CONSELHO FISCAL GESTOR, composto de (7) sete membros representativos, assim constituído :

· Um membro indicado pela Igreja
· Um membro indicado pelos Diáconos
· Um membro indicado pelos Presbíteros
· Um membro indicado pelos Obreiros
· Um membro indicado pelo Departamento Feminino
· Um membro indicado pelo Departamento Masculino
· Um membro indicado pelo Pastor

Esse conselho, trabalharia com o pastor nas decisões complexas, sem o poder de ser um fiscal do pastor, mas um parceiro em decisões de difíceis interpretações e complexidades, nas seguintes áreas especificamente, como :

· Alugueis de Imóveis
· Compra e venda de Bens e Patrimônio da Igreja
· Movimentação Financeira
· Salário do Pastor, de auxiliares e funcionários da Igreja, e
· Sucessão Pastoral

Esse modelo não interferiria na atividade eclesiástica do Pastor, nas ações sacerdotais dele, cujo exercício seria com plena e total liberdade, sem ser necessário para tanto, consultar este Conselho Gestor. A Administração do Patrimônio, sim, seria por este Conselho gerido.

RAPOSAS CUIDANDO DE GALINHEIROS !

O modelo atual, libera os pastores para se acercarem dos “Amigos do rei”, e ai eles formam verdadeiros lobbys, grupos de sustentação, trazendo para o seu governo pessoas despreparadas – quanto mais, melhor, gente desqualificada, com perfil de subserviência, que se permite mandar e nada além disto, e a esses dão cargos importantes, estruturas incompatíveis com seu nível cultural, de capacitação teológica, e em muitos casos, sem nenhum amadurecimento cristão.

Assim se fortalecem, praticam nepotismo, deixam em seus lugares quem querem, machucando e ofendendo a noiva de Cristo. Cercado dessa gente, esse mal intencionado líder faz misérias, muda Estatuto e Regimento Interno em seu benefício, se torna vitalício, intocável, eterno, usa o dinheiro da casa de Deus como bem entende, sem se explicar a ninguém, anula assembleias de prestação de contas, extingue relatórios mensais financeiros, um direito legítimo da igreja saber, ter conhecimento, comete todo tipo de erros, desvios e pecados, com o aval evidentemente, de empregados seus que dele dependem. Este modelo fomenta o ilícito, ainda que o cidadão não pretenda isto num primeiro momento.

Este falido e corrupto modelo (corrupto porque induz ao pecado), precisa cair, antes que seja tarde demais, nem que para isto o poder público precise ser acionado, pois, por muitos deles, assim permanecerá eternamente, inclusive quando eles herdarem a terra...

Pastor não deveria ter poderes de alterar Estatuto, nem Regimento Interno de Igreja, sem o conhecimento e consentimento da igreja. Tem umas coisas bem escandalosas que acontecem em nossa denominação, e que eu presenciei ao longo dos anos. Ora, por que um pastor constrói uma igreja em um terreno de sua propriedade, e por que esse líder ao construir, mesmo que num terreno da igreja, compra todo ou parte do material em seu nome, e não em nome da igreja ?

Entende-se que é algo premeditado. Uma hora ele rompe com o ministério, e na justiça toma tudo para si. Aqui em Fortaleza está acontecendo um caso assim, o sujeito foi pastor por quase 20 anos de um grande ministério local, foi excluído, mas, tinha todo o patrimônio construído, em notas de compras em seu nome, ou seja, o indivíduo preparou-se muito bem para o golpe, agora, alguém vai dizer, mas tudo o que ele fez, teve o aval "do ministério", sim, de homens incautos, dependentes financeiramente dele, e com "aquele nível cultural", que assinavam onde ele mandava.

Em Recife, um desses mudou o Estatuto da centenária igreja, rasgou o antigo, passou igrejas de todas as cidades, de quase cem anos da capital e do estado, todas para um status regressivo, perdendo a autonomia e voltando a ser congregações, um absurdo. Se houvesse um conselho fiscal sério, e não um grupo de empregados seus, dependentes dos salários dele, isto não aconteceria, jamais.

É uma vergonha o modelo assembleiano de gestão, deixando margens a muitas falcatruas e enriquecimentos ilícitos, por brechas que eles criam legislando em causa própria. Claro que a gente não generaliza, há sinceros homens de Deus que, mesmo nesse nefasto modelo incentivador de falcatruas, respeitam a igreja e a consultam em tudo.

Aqui está talvez, uma boa sugestão, dependendo da ótica de quem quer a mudança. Os beneficiários do mal, lógico, querem a perpetuação disto, um retrocesso à obra de Deus, no meu parco entendimento. E você, o que acha disto ?
"E TÔ DIZENDO"
EDUARDO SILVA

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